domingo, 26 de setembro de 2010

III Conferência Internacional sobre Humanização do Parto e Nascimento

Relato de Parto da IARA

Olá pessoal!

Após seis meses, Iarinha, finalmente, pariu seu relato e compartilha com a gente:

Apesar da pouca idade desejamos ter Acauã e rápido ele chegou. Desde o início pensava em ter um parto normal e conversava com minha GO que me acompanhava desde os doze anos, sobre isso. Porém ela só nos dava exemplos negativos de parto normal, chegou inclusive a dizer que eu era muito novinha para ficar com tudo frouxo.
Pesquisando sobre parto humanizado encontrei Kelly, que prontamente me apresentou o Ishtar e logo começamos a freqüentar os encontros. Lembro que ao primeiro, fui de ônibus e enjoei muito. Lá conhecemos Dra.Bárbara e chegando ao 5º mês de gestação mudamos de GO. Eu sempre escutava das pessoas: Mas Iara você vai ter mesmo coragem? Mulher hoje em dia é mais fácil cesariana! Minha filha é muita dor e sofrimento! Apesar disso, e de muitas outras justificativas que tínhamos que dá a cada instante, sempre tive o amparo de Tárcio, meu companheiro pai de Acauã, de minha mãe e do Ishtar onde eu recarregava minhas energias. Tive também uma gestação muito ativa. Trabalho, estudo e também fiz aulas de hidroginástica até entrar em trabalho de parto.





Comecei a sentir umas dores bem leves na quarta-feira, dia 3 de março a noite, fazendo hidroginástica. Na quinta-feira durante o dia essas dorzinhas, como se fossem cólicas e uma indisposição, aumentaram. A tarde na casa de uma amiga as contrações começaram a ficar regulares de 20 em 20 minutos, porém a noite quando já havia chegado em casa elas voltaram a ficar irregulares. Não dormi de quinta para sexta-feira sentido contrações. Nem Tárcio que as cronometrava. Elas aliviavam quando eu caminhava e aconteciam de 3 em 3 minutos, de 30 em 30 minutos, de 15 em 15, muito irregulares. Na sexta pela manhã já tinha uma consulta marcada com Dra. Bárbara, afinal Acauã já estava na 41ª semana de gestação. Lá após o tão temido exame de toque, que não senti absolutamente nada, ela me informou que eu estava com 2cm de dilatação e pediu pra que eu tentasse descansar. Pediu para que eu tomasse umas gotinhas de buscopan e fosse dormir. Porém não consegui fazer isso, as contrações estavam meio fortes, apesar de espaçadas. Continuei tomando chá de pimenta que já vinha tomando como indutor natural. Dormi melhor de sexta para sábado, porém cedinho quando fui ao banheiro percebi que havia saído o tampão. Como se fosse um pedaço de carne grande. Tárcio ligou para Dra. Bárbara que pediu para ele me dá um chá de camomila e colocar meus pés na água morna. Eu estava muito ansiosa, as pessoas ligavam perguntando se já tinha parido, minha mãe estava fazendo faxina em casa, então não fiz nada disso. Fui para á zona rural Pacajús, cidade que fica a uns 40 minutos de Fortaleza. Lá brinquei com umas crianças e conversei bastante com uma senhora que havia parido seus oito filho em casa e praticamente sozinha.



Voltando de Pacajús ao final da manhã as contrações voltaram a ficaram regulares de 20 em 20 minutos. Quando chegamos em Fortaleza já estavam de 10 em 10 minutos. Tomei banho e quando estava almoçando Tárcio percebeu que estava de 5 em 5 minutos. Ligou para Dra. Bárbara e ela disse que quando tivesse de 3 em 3 minutos, ligasse para ela e fosse para o hospital. Assim que ele desligou o telefone ficou de 3 em 3 minutos. Ligamos para Kelly(doula/gratos por ela ter cruzado nossas vidas), depois para Bárbara e fomos para o hospital. Um sol muito quente, eram por volta de 14:30h, as dores mais fortes, o carro balançando e para completar Tárcio ainda pegou uma rua errada...rsrssrs. Assim que entro no hospital, vejo Dra. Bárbara bem tranqüila e sentada. Subimos para o apartamento enquanto minha mãe ficou vendo a parte burocrática e Tárcio foi estacionar o carro. Botei a bata, por opção, com abertura para frente e Dra. Bárbara fez mais uma vez o toque, estava com 8cm, fiquei muito contente, estava chegando a hora de beijar meu pequeno, afinal todos o beijavam, menos eu..rsrs. Kelly chegou e logo ajeitaram o apartamento. Tárcio ligou um som com um cd que havíamos passado a gestação ouvindo. E aí pronto, foi só esperar a tão sonhada hora de ver nosso passarinho. Um energia positiva nos envolvia. Olhava para Kelly ela estava sorrindo lindamente, bem como Dra.Bárbara. Àquilo me confortava tanto!




Acho que por volta das 16:30h as contrações começaram a ficar mais forte, quase que não tinha mais espaço entre uma e outra. Quando pensei que não iria mais agüentar, Dra. Bárbara me deu um beijo e juntamente com Kelly pediu para que eu segurasse no seu pescoço. Nessa hora eu entrei numa mata fechada e estava correndo, não estava naquela dimensão material. Os sentimentos eram confusos, era quase um transe. Lembro bastante de um pano vermelho dado por Kelly, mas não sei se veio antes ou depois dessa corrida na selva. A minha dimensão que mais me faz animal, natureza aflorou nesse momento. Veio o falado círculo de fogo e esse foi o momento que realmente sentir muita dor, uma queimação, mas rapidamente a cabeça de Acauã saiu e em menos de minutos estava bem quentinho em meus braços. Ele não chorou em nenhum momento, estava tão sujinho, olhava para mim tão profundamente. Muito, muito, muito sublime, puro, emocionante.
Depois daí, pronto, só alegria, surpresas e aprendizado.

sábado, 25 de setembro de 2010

Fabiana PARIU em casa!

No dia 18/09/10, às 02:10, poucas horas antes de workshop Inscrições Corporais, Fabiana Higa, pariu sua Nina na tranquilidade da sua casa, acompanha do marido Rodrigo, da primogênita Luana, da equipe do Ishtar Fortaleza e com a presença especial de Cláudia Rodrigues.

O parto aconteceu após 2 dias de pródromos e aproximadamente 8 horas de trabalho de parto ativo, na banquetinha e o melhor de tudo: com direito a PERÍNEO ÍNTEGRO!

Confiram o lindo relato escrito pela Cláudia (também publicado no blog dela: http://buenaleche-buenaleche.blogspot.com/2010/09/foi-por-sorte-ou-merecimento.html)






Tami e eu sempre brincamos sobre o sentido das coisas serem por sorte ou merecimento e quase sempre a conclusão é que são 50% a 50%. De alguma forma foi muita sorte para mim Fabiana Higa parir na madrugada de sexta para sábado, ter entrado em TP assim que o avião em que eu estava aterrissou no aeroporto Bento Martins, em Fortaleza. O merecimento já faz parte do sagrado, mas intuo que mereci. Havia chegado fazia pouco mais de uma hora, ainda calçando botas e uma fina blusa de manga comprida, Kelly e eu às voltas pelo centro da cidade a fim de localizar um material indispensável ao Inscrições Corporais e que me recuso a carregar: papel pardo que meça mais de 1,50cm de largura. Kelly preocupada com o horário, já vestida para dar sua aula na faculdade de Direito, quando Fabiana ligou convicta de que estava em TP e não mais em pródromos. Começamos a rir sobre a coincidência, Kelly passou o telefone para mim. Fabiana estava calma, mas certa de que era TP, contrações de cinco em cinco e sim, ela queria que eu fosse, afinal vínhamos conversando por skype nos últimos meses ocasionalmente e nas últimas semanas mais constantemente. Fabiana engravidou logo depois de 12 de dezembro, por coincidência após o workshop Gravidez, Parto & Simbiose e nos últimos dias, já inscrita para o Inscrições Corporais, nutria a idéia de que Nina esperaria o workshop para nascer só depois. Brinquei com ela que como estava “pronta” poderia fazer os exercícios mais puxados, não havia risco de parto prematuro. Nossa fantasia, aparentemente, era um encontro no workshop, mas de qualquer maneira eu pensava em visitar Fabiana caso Nina nascesse antes do dia 18. O que não imaginamos jamais foi que Nina nos reuniria para seu nascimento. Essa foi a única hipótese que não nos ocorreu.




Quando Kelly e eu conseguimos chegar à casa de Fabiana , por volta das 20,30h, Bárbara, a obstetra mais parteira de Fortaleza, já estava lá com seu rosto luminoso, seu corpo leve, ágil, de quem corre vários quilômetros por dia, assim como Socorro, amiga de Fabiana, militante e doula, estreante na prática a presenciar seu primeiro parto. Luana, filhinha de dois anos de Fabi, estava elétrica sentindo o movimento e inicialmente só aceitava a tia Socorro ou o pai, Rodrigo. Depois de algum tempo aceitou a mim também, mas esteve difícil para a pequena separar-se da mãe para dormir. Fomos revezando com Rodrigo, que era a cia favorita da mãe e da filha e que nunca, em nenhum momento, negou seu total investimento emocional a qualquer delas, mesmo não podendo virar dois.Fabiana, apesar de já estar com dilatação quase total, conseguia relaxar completamente mesmo durante as contrações sempre vocalizando com suavidade na expiração. Como ela aceitou minha presença ofereci um exercício de respiração e implantação dos pés a fim de intensificar o processo. Ela aceitou e percebeu que deu certo. Certo demais, dolorido demais. Ela voltou a respirar mais contidamente, mas não era uma contenção do tipo que trava, ela nunca deixava de vocalizar na expiração e sempre, durante todo o TP encontrou em Rodrigo amparo para soltar a pelve. Nunca espremeu-se, nunca apertou a pelve e nem elevou os ombros ou arregalou os olhos. Para regular o medo desintensificava a respiração e com isso conseguia atenuar a sensação das contrações, mas sem parar o processo, Nina estava descendo, a cada ausculta estava mais e mais baixa.



Começou a avançar a noite e o cansaço tomou conta da pequena Luana, já não servia mais divertir-se com tia Socorro e mesmo com Rodrigo estava sensível pedindo pela mãe. Fabiana tentou segurá-la entre uma contração e outra, mas isso não poderia, de qualquer maneira, continuar noite adentro.
Finalmente Fabiana decidiu chamar Aninha que a ajuda nos afazeres domésticos e nos cuidados com Luana. Rodrigo veio resolver com ela, alcançar o telefone, e fui para o lugar dele na cama com Luana; ensinou-me a colocar a mão nas costinhas dela, que isso a manteria serena. Deu certo, adormeci junto. Acordei com Aninha me olhando a dizer que estava ali para ficar com Luana.
Fabiana estava saindo da água com muito frio. Um daqueles momentos difíceis em que toda mulher quer esquecer que está em TP, que se meteu nessa encrenca. Ajudei a secá-la, trocar a roupa, as meninas trouxeram uma camiseta quente, cobrimos seu corpo com uma colcha e então estava assim um pouco mais confortável: pronto Fabiana, você tem o direito de esquecer que está em TP, curta esse calorzinho, beba essa água, vamos deixar tudo parar, o mundo parar, nem que seja por uns instantes.



Bárbara, Kelly, Socorro e eu ficamos na varanda e deixamos Rodrigo e Fabiana no sofá. Alguns minutos depois eles estavam em pé, Fabiana numa sábia posição pendurando-se nele de maneira a soltar mais a pelve. Que intuição, que conhecimento do próprio corpo! Diante da dor das contrações, ela buscava alívio soltando a pelve. Melhor impossível, mesmo quando ela desintensificava a respiração, apesar de eu ver ali um esticamento do processo, era tão nítido que atenuava a dor e então ela me olhou e disse com todas as letras que não queria aumentar a dor e nem “cavar” mais contrações. Todas rimos. O clima alegre era constante, Bárbara fazendo café, depois assaltamos a geladeira incentivadas por Fabiana. E tivemos as broncas! Fabiana não queria que a gente se divertisse demais a ponto de desconcentrá-la e vez por outra, fazia: tschshsh, mas um tschschs bem forte e ficávamos todas em silêncio. Ela não queria música, nem barulho excessivo, ela mandava na gente, em todos nós e nós corríamos para obedecer àquela pessoa extremamente doce, que gemia entregue com doçura a cada contração e que em nenhum momento perdeu a conexão com seu corpo. Nem mesmo segurando Luana entre uma contração e outra, nem mesmo quando falou com Aninha ao telefone: “venha Aninha, por favor, a Luana está precisando de você aqui agora”. Se alguma parturiente pode ser chamada de empoderada, essa palavra esquisita tão utilizada pela militância, essa mulher é Fabiana Higa.
E aí, por volta das 2h estávamos lá, depois de uma ausculta na banqueta, tudo perfeito, dilatação total, bolsa ainda íntegra, Bárbara pergunta sobre o desejo de expulsar, Fabiana diz que não tem puxos, que não vai fazer força porque não vieram os puxos. Bárbara vai esperar no sofá lá atrás discretamente, pacientemente, Socorro e eu na parede ao lado, Kelly preparando a pimenta para o chá. Fabiana estava respirando muito curto para virem as expulsivas, sugeri a ela ampliar a respiração, ela aceitou, aceitou que eu me aproximasse, fui a seus pés, coloquei-os em posição mais implantada, ela voltava a respirar mais curto, eu insistia com o máximo de doçura que me era possível, ninguém merece uma vaca dizendo como devemos respirar nos minutos finais, mas para mim estava claro que os puxos não vinham porque a respiração estava curta. Ela encarou e depois de três respiradas bem cavadas veio o primeiro puxo e pelo som que ela fez Bárbara logo percebeu e se aproximou, assim como Kelly. Continuei incentivando a respiração profunda, Bárbara mostrou algo técnico para Kelly com a luzinha (não entendi bem) Fabiana também não, perguntou o que era. Elas falaram que estava tudo bem, Bárbara sugeriu romper a bolsa, Fabiana pediu para esperar a contração passar, Kelly ofereceu o chá, ela bebeu dois goles, eu disse que o bebê estava vindo, que ela continuasse respirando, que agora faltava pouco. Fabiana falou que parecia que não ia sair, nós sorrimos, pedi que continuasse respirando fundo, sem medo; ela lembrava e respirava de novo profundamente e vinha outra expulsiva, mas não forte o bastante. E então Bárbara rompeu a bolsa e muito rapidamente veio uma contração expulsiva que emendou-se com outra e Nina começou a surgir. Fabiana pediu pano morno, pano, pano!
Kelly trouxe, Bárbara sustentou a cabecinha e o corpo veio rapidamente. E ali estavam os três emocionados. Era nossa hora de dar uma sumida para a varanda para que eles curtissem a vigorosa filhota. Um parto natural sem laceração! Hoje ela falou comigo e disse que está de mini-short e com leite a perder de vista.
Lá fora a noite morna do Nordeste, sob o suave balanço das folhas de uma imigrante chinesa chamada Nim, estava estrelada. Para quem vem de um fim de inverno no RS, esse tipo de sensação, de poder colocar os pés no chão sentindo apenas calor, nada mais do que calor, já é o paraíso.






Depois de todas aquelas emoções, daquela honraria de poder acompanhar um nascimento é até para cética crer em Deus ou pelo menos em humanos mais humanizados: Nina, muitísimo grata, existem muito mais mistérios do sagrado que coincidências na tua chegada; Fabiana, gratidão eterna a você, por sua confiança e abertura num momento tão íntimo para uma quase desconhecida. Luana, nunca esquecerei que você quando acordou após o parto para comemorar a chegada da Nina, me chamou de tia Cláudia, você foi demais naquele momento em que sentiu que o bicho estava pegando e mandou seu pai te deixar na cama e ir para a sala cuidar da mamãe, foi muito papo firme, a melhor amiga da mãe e da irmã, a primogênita assumindo seu lugar no clã. Rodrigo, você é o cara, você é o cara, você é o cara. Quantos homens nesse mundo são capazes de sensibilizar-se assim, de ter a casa invadida por um bando de mulheres, de conseguirem se sair bem sendo tão requisitados emocional e fisicamente como você?
Socorro nós fizemos uma bela dupla de doulas sobrantes, como você nos apelidou, e fomos até úteis na medida do possível. Lembra daquele momento ali acocoradas na parede? Parecia que nós é que íamos parir! Adorei os momentos de intimidade com você.
Bárbara você tem a força, tem a luz. Num primeiro momento parece que é pelos olhos, pela loirice germânica, pelo leve sotaque de estrangeira. Depois parece que é pela elegância, a suavidade, a leveza do seu corpo, mas é algo além, é arte, você é artista na profissão de obstetra. E o que era seu rosto normal, igualmente suave no dia seguinte no workshop? Fiquei tão grata por você ter ido, afinal havia passado a noite em claro e tem os filhos crescidos, já longe da fase que estudamos no Inscrições. Fortaleza que te segure e te assegure toda prosperidade que mereces.
Kelly, muito obrigada por tudo, pelo teu sorriso, as trapalhadas de perder as chaves erradas nas horas certas, as questões todas, os papos filosóficos, o seu lugar impecável de anfitriã e saiba que quanto mais você acha que vai surpreender para o mal, mais admiro você, mais você me surpreende para o bem.
Com muito amor e por partes, logo trarei as novidades do workshop. Sim, ocitocina funciona como Reativan (sic) no dia seguinte. Não deixei nem o povo lanchar!

O Ishtar Fortaleza, agradecendo a gentileza da Cláudia ter cedido o relato para publicação aqui, parabeniza a Fabiana e o Rodrigo e deseja muita saúde e muito leite para a pequena Nina!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Encontro 25-09-10 - INTERVENÇÕES NO TRABALHO DE PARTO E PARTO

Olá a Todos!

Neste sábado, 25/09, falaremos sobre Intervenções no Trabalho de Parto e Parto!


*Relembrando*Quando: 25 de Setembro de 2010 - sábado de 08h às 11h
Tema: Intervenções no Trabalho de Parto e Parto
Onde: Escola Micael Waldorf - Rua Airton Borges Martins, 233 - Água Fria (Mais ou menos por trás do falido Hiper Mercantil São José da Av. Washington Soares).
Cidade: Fortaleza-Ce


Confirme sua participação através dos telefones: 99840694 (Semírames) ou 87244772 (Kelly), pelo e-mail ishtarfortaleza@gmail.com, pelo nosso blog www.ishtarfortaleza.blogspot.com ou ainda pelo Orkut => http://www.orkut.com.br/Profile.aspx?uid=1760286442958760774!

NASCIMENTOS:
01-09-10 Nasceu a Maria Gabriela da Meirilene
02-09-10 Nasceu o Miguel da Itauana
18-09-10 Nasceu a Nina da Fabiana


AVISOS!* Agora o Ishtar conta com um grupo de discussão na internet onde podemos trocar mensagens entre as participantes dos quatro Ishtar pelo Brasil (Pará, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Minas Gerias, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo). Você recebeu o convite? Não? Então entre em contato e enviaremos! Caso já tenha recebido, está esperando o que para entrar e se apresentar?! Estamos sentindo sua falta!http://groups.google.com.br/group/ishtarbrasil

Inscrições Corporais

O workshop Inscrições Corporais foi um sucesso!

Entre aulas teóricas e dinâmicas, aprendemos e sentimos muitas coisas!

Confiram as fotos:

















Agradecemos à Cláudia Rodrigues, essa mulher incrível que saca tudo de gente, por seu carinho e dedicação!
Até a próxima!

Relato de Parto (VBAC) - Danielly Danda

Sempre quis um parto normal, que não foi possível na minha primeira gravidez, devido a falta de informação minha e falta de ética do GO. Ele disse q minha bebê á estava muito grande e q tava com o intestino cheio, se fizesse cocô teria uma infecção. O parto foi horrível e o pós parto mais ainda. Já relatei aqui logo que entrei na comunidade.

Nessa segunda gravidez comecei logo a pesquisar sobre o parto, foi quando descobri q a minha cirurgia foi desnecessária e que a maioria dos GO’s não apóiam o PN. Começou ai uma luta, fui na GO que sempre ia para exames de rotina, e numa que peguei boas indicações, nenhuma das duas apoiaram, então resolvi procurar por um que apoiasse o PN e mesmo apoiando o PN, tem muitas restrições com relação a VBAC. Todos disseram q eu não poderia parir, pelos motivos mais assustadores e ridículos possíveis. O problema é que nessas consultas, o meu marido sempre me acompanhava e já tava acreditando que eu realmente não poderia parir.

Foi quando eu postei aqui na comunidade o meu relato do primeiro parto, e conheci a Kelly que me indicou a Dra. Bárbara. Já conhecia, tinha me consultado com ela uns 7 anos atrás, quando era adolescente, e como muita gente comenta, não gostei muito do jeitão alemão dela. Mesmo assim, liguei pra marcar consulta no mesmo dia. E meu marido teve uma conversa comigo, e disse que tava muito preocupado com essa “idéia” minha. Que se 3 médicos já tinham dito q eu não poderia, eu não podia confiar na opinião de uma só medica. Tentei tranqüilizá-lo com relação a isso, ele foi comigo na consulta e ficou um pouco mais tranqüilo com a naturalidade que a Dra. Bárbara trata o assunto. Enfim, a gravidez inteira foi uma luta, tentando convencer meu marido, família e até amigos, que o parto natural é a melhor forma de nascer. No meio pro final, ele se conformou, até me acompanhou a uma reunião do Ishtar e adorou! Mas eu sentia q ele ainda não tinha aceitado bem, ele tinha muito medo, sei lá do que.

No final da gravidez, sentia cólicas e pontadas todas as noites, minha DPP era pra 01/06/10. Nunca tive esperança que o meu parto fosse antes das 40 semanas. Foi então que no dia 27/05 com 39 semanas e 4 dias, tava arrumando a Lívia(minha 1ª filha) pro colégio, penteando o cabelo, quando senti um líquido quente escorrendo , pensei logo: Nossa, num to mais nem conseguindo segurar o xixi! Rsss.... Depois percebi q poderia ser a bolsa, corri pro banheiro, o Junior tava no quarto se arrumando p/ sair p/ trabalhar, falei p/ ele q a bolsa tinha rompido....começamos a chorar e rir ao mesmo tempo. Chegou a hora da nossa princesinha nascer. Que felicidade! Passei a gravidez inteira sonhando com esse momento, o começo do trabalho de parto, que eu nunca senti, mas que me fascinava tanto. A partir dali eu teria que me entregar ao que o meu corpo pedisse eu não teria o controle de nada. E logo conheceria a minha princesinha.

Daí ele disse: Vamos pro hospital?. O bixinho, assistiu muita novela! Rsss....
Expliquei pra ele que a gente só ia pro hospital quando as contrações ficassem regulares e de 5 em 5 minutos. E que isso poderia demorar. Então eu fui pro centro, comprar algumas coisinhas que estavam faltando, fazer minhas unhas. Se eu ficassem em casa enlouqueceria de ansiedade.

Deixamos a Lívia no colégio e fomos (temos uma loja no centro, então se eu precisasse descansar um pouco, voltava pra loja), liguei pra Kelly(doula) pra dizer q a bolsa tinha rompido, ela disse pra eu beber bastante líquido. Então fiquei andando com um squeeze, fui pro salão fazer as unhas, (no salão a minha mãe não conseguia se conter de felicidade, terminou contando pra manicure q eu já tava TP, todo mundo ficou horrorizado por eu estar lá. E quando eu disse q ia ser parto natural ai sim, ficaram olhando pra mim como se eu fosse um E.T), comprei mais algumas coisinhas pra Marina, logo deu meio-dia, almocei lá no centro mesmo. Depois do almoço fiquei pesada e cansada, não agüentei mais fazer nada, só queria ir pra ksa descansar.

Quando cheguei em ksa, tomei um banho e fui tirar uma soneca, imaginando q o trabalho de parto poderia ser longo e cansativo.
Acordei umas 17:30hrs, liguei pra Dra. Bárbara, q até então eu não tinha ligado, ela perguntou como eu estava, e disse que quando as contrações começassem ligasse pra ela. às 18:30hrs as contrações começaram fraquinhas, eu já comecei logo a marcar. Pedi pro Junior comprar os ingredientes pra fazer um chá, e fiz, bem forte,horrível!
Bem, passei o resto da noite descansando, dormindo nos intervalos das contrações, que começaram a ficar mais fortes e com intervalos mais curtos, mas foi um processo bem lento. Quando as contrações estavam de 10 em 10, acho que às 2hrs, liguei pra Dra. Bárbara e pra Kelly pra mantê-las avisadas. Às 4hrs, já estavam de 5 em 5min. Liguei pra Dra. Bárbara. Por mim tinha esperado mais tempo, mas o Junior e a minha mãe ficaram com medo da menina nascer dentro do carro então, fomos pro hospital. No caminho, só senti duas contrações, ainda bem pq é horrível estar dentro do carro numa hora dessas. Parece que a dor triplica.

Cheguei no hospital, as contrações regrediram, ficaram instáveis. 20 em 20, 15 em 15... Fiquei esperando outra pessoa que tava chegando p/ fazer uma cesárea. E eu só queria beber água, muita água. E a atendente horrorizada por eu estar bebendo água, disse q não podia de jeito nenhum....bem, passados a burocracia da internação, subimos pra o andar da maternidade. A Dra. Bárbara e a Kelly subiram junto com a gente. Quando entrei na enfermaria, tinha outra mulher em TP gemendo de dor, deitada na cama, fiquei imaginando, ai meu Deus, será que eu vou ficar assim?
Daí veio a enfermeira, me mandou tirar toda a roupa e vestir aquela famosa batinha com a abertura pra trás, e dizia insistentemente pra vestir com a abertura pra trás.

Eu vesti do jeito que ela quis, mas quando me deitei na cama, ela começou a me sufocar. Mas nem liguei muito, afinal, a minha expectativa tava no temido toque, mas o medo maior não era da dor e sim pra saber com quanto eu tava de dilatação. Eu queria pelo menos 3cm. Me deitei na cama, quando Dra. Bárbara fez o toque, às 6hs....E adivinhem? nada de dilatação, colo grosso....Foi mesmo que jogar um balde de água fria em mim, me bateu uma tristeza, uma sensação de impotência, imaginei q não ia conseguir. Esperava q a qualquer momento, que a Dra. dissesse que tinha q fazer uma cesárea e eu não estava preparada pra isso, eu queria meu parto tão sonhado!
Mas ela fez uma indução e eu fiquei deitada por mais ou menos meia hora, depois me levantei vesti uma calcinha, coloquei um absorvente e fui andar. Andei no corredor pra lá e pra cá, subi as escadas do hospital com o Junior, até ai as contrações ainda estavam espaçadas, quando eu sentia uma, me agarrava nele e respirava bem fundo até passar. Rebolei na bola, tomei banho morno, voltei pra bola, minha melhor companhia, nossa o melhor lugar do mundo pra ficar....a bola! As contrações voltaram pra 5 em 5 min. Às 9hs a Dra. Bárbara voltou pra fazer outro toque, minha ansiedade era imensa, e adivinhem, pra minha surpresa.....7cm!!!! ai meu Deus, obrigada! Fiquei tão feliz, comecei a chorar, não contive as lágrimas, minha menininha tava chegando...

Minhas forças se renovaram, voltei a caminhar, bebi mais um montão de água, e voltei pra bola....as contrações continuaram de 5 em 5 minutos e ficaram cada vez mais fortes. A Kelly fez uma massagem super relaxante nas minhas costas, e eu dormia a cada intervalo de contração, estava muito cansada.
A Dra. Bárbara voltou de novo 12hs e fez outro toque....dilatação total!!! Ufaaa.... Ela disse q tava preparando a sala de PPP (preparação para o parto), que quando tivesse pronta ela viria me buscar.

Eu queria parir na água, então a Kelly levou a piscina e com toda paciência preparou ela pra mim. Quando eu desci pra lá já tava tudo prontinho e eu entrei na piscina, a partir daí eu nem sabia mais q horas eram, perdi a noção, eu perguntava a hora pra minha mãe, mas não prestava atenção quando ela respondia!

Assim que entrei na piscina, nas primeiras contrações eu senti vontade de fazer força, mas era bem fraquinha, não sei quanto tempo passei dentro da piscina, só sei que tava com muito frio e senti que isso tava me atrapalhando. Foi quando a Kelly me perguntou se eu queria sair da piscina, resolvi sair e fui pra banqueta, nesse momento as contrações eram muito fortes e cada vez mais freqüentes.
Mas nada de evolução, nas contrações eu fazia força mas sentia que tinha alguma coisa errada, não sei o que, mas sentia. Tentei ir pro vaso, não gostei, deitei na cama mas a dor era ainda mais insuportável, então voltei pra banqueta. Nesse momento só estávamos eu e o Junior na sala. E eu já estava muito nervosa e muuito cansada. Já estávamos há 12 horas no hospital. Ele conversou comigo, olhou nos olhos, me disse muitas coisas lindas, que tava cada vez mais perto da nossa menina chegar, que ele tava muito orgulhoso de mim, pela minha força e perseverança, que eu continuasse assim que logo ela estaria nos meus braços.

Nossa, aquele momento foi muito especial, porque até então, ele e a minha mãe, só estavam olhando tudo e sem saber o que fazer. E também estavam muito cansados, pois me acompanharam durante o trabalho de parto inteiro. O Junior sentou na bola atrás de mim e ficou fazendo massagem nas minhas costas e me dando apoio. Passamos um tempão assim, até que novamente eu me irritei. Rssss.... tentei me deitar na cama de novo, nada...então pedi pra ele chamar a Dra. Barbara e fui pro vaso, quando ela chegou, expliquei que eu já tava impaciente, que tinha alguma coisa errada.

Ela pediu pra eu me deitar p/ ela fazer outro toque, ela disse que tava tudo normal que tinha até sentido a cabecinha da Marina, mas que poderia tentar uma indução com ocitocina na veia pra ver se acelerava, bem nessa hora veio uma contração muito forte e não consegui ficar deitada fiquei de cócoras apoiada no colchão, foi quando a coisa ficou punk mesmo....

A Kelly me colocou na banqueta, veio uma enfermeira tentar achar minha veia pra aplicar a ocitocina, veio outra contração e nada dela conseguir, a bixinha tava nervosa, eu pedi pra ela parar de tentar, que não precisava mais, a partir daí as contrações vinham eu acho que de 2 em 2 minutos e eram muito fortes. A Dra. Barbara sentada no chão de frente pra mim fazendo massagem no períneo e a Kelly por trás me segurando pra me dar apoio.

Teve uma hora que a Barbara saiu pra fazer alguma coisa e a Kelly veio pra minha frente, e disse que já tava vendo os cabelinhos da Marina, eu ainda toquei nas não consegui identificar, e logo, veio outra contração. Depois a Dra. Bárbara e a Kelly assumiram suas posições.

O trabalho de parto tinha sido tão demorado que de certa forma eu não acreditava que já estava tão perto. Foi quando eu senti o tão famoso, circulo de fogo e depois ela escorregou, nasceu minha pequena, com o cordão enrolado no pescoço. A Dra. Bárbara desenrolou e me deu ela, nossa é a sensação mais maravilhosa e indescritível, o mundo parou naquele momento, eu não conseguia pensar em nada, nem ouvia o que as pessoas falavam ao meu redor. Só queria olhar pra ela, beijar, cheirar....ai que cheiro bom, deu vontade de lamber ela todinha! Rssss....
Daí o Junior entrou com a minha mãe na sala e ficou olhando pra ela, sem falar nada só emocionado com a nova princesinha q acabara de nascer.

Eu sai da banqueta e me deitei no colchão, com ela ainda no meu colo, ela não quis mamar, só ficava lambendo o meu peito e olhando pra mim. Quando o cordão parou de pulsar o Junior cortou, coisa que ele disse q não teria coragem de fazer. depois a Dra. Barbara deu os pontinhos no períneo.

Como ela fez muito cocô, eu não pude dar o primeiro banho, então levaram ela pro berçário, pesaram e deram o banho. Pedi pra o Junior acompanhar pois eu só queria que fosse aplicada a vitamina K, não queria colírio de nitrato de prata, por mim nem queria a vitamina K, mas o Junior ficou receoso e decidimos q seria aplicado.
A placenta demorou um pouco a sair e logo depois voltei pro quarto. Já com ela no colo, ela já tinha recebido alta. A Dra. Barbara, veio a noite e já me deu alta também.

Tive uma sensação ruim quando me levantei, uma fraqueza, falta de ar, acho q pelo cansaço e pela falta de alimentação. Tomei um banho, e fomos pra casa.
Minha Marina nasceu no dia 28/05/2010 às 17:15 hs após 39 semanas e 3 dias de gestação, pesando 3,150kg, medindo 51cm, apgar 9/10, de parto natural de cócoras, após quase 36 horas de bolsa rota, quase 24horas de trabalho de parto, dorso a direita e cordão enrolado no pescoço.

Um parto cheio de mitos quebrados, demorado, batalhado e conquistado.
E o pós-parto? MARAVILHOSO....nossa, não imaginava! Dei o primeiro banho dela em casa. Pude cuidar dela com muita disposição em sem dores. O períneo cicatrizou logo, fiquei sentando meio de ladinho, mas nada comparado ao desconforto da cesárea.
Só tenho que agradecer, primeiramente a Deus, que me ajudou e esteve sempre presente nos meus pensamentos antes, durante e depois do parto.

A Dra. Barbara pela força, paciência e pelo trabalho maravilhoso que desempenha, encorajando e tratando de força natural a gestação e o parto.
A Kelly, pela paciência, carinho, ternura que transmite calma e confiança.
A meu marido, que apesar do medo e do cansaço, ajudou com as palavras de carinho.
A todas as outras pessoas que não acreditaram em mim, sim a essas pessoas tbm eu agradeço, pq eu fiz disso, força pra seguir em frente e provar que eu conseguiria.
Quando ainda estava grávida, li um texto, não me lembro de quem era que dizia: -Antes de ser medrosa eu sou teimosa. (Acho que era isso!).

Hoje eu me sinto mais mulher do que eu era antes, mais mãe do que eu era antes, sem polêmicas, por favor! Agora eu entendo quando lia nos relatos quando as pessoas falavam isso. Não sou mais do que vc, ou outra pessoa, sou mais do que eu mesma antes de parir!

Eu pari e renasci. Pari a Marina, esqueci o trauma e entendi o vazio deixado no parto da Lívia. Pra mim, na primeira gravidez, uma etapa do processo natural de ser mãe foi pulada, o parto!

Agora eu me tornei outra pessoa por dentro, me sinto mais segura como mãe, mulher, mamífera...dessa vez eu consegui amamentar. Outra luta travada contra muitas pessoas e opiniões. Escolhi a melhor forma de nascer e a melhor forma de alimentar.

Essa é a história da minha luta pelo meu sonho, que graças a Deus consegui realizar, do qual eu tenho muito orgulho e que se pudesse faria novo umas 10 vezes.
Bem gente é isso, espero não estar esquecendo nenhum detalhe e espero q vcs gostem do meu relato. Tentei resumir ao máximo que pude!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Inscrições Corporais - 18/09 - ÚLTIMAS VAGAS

Olá pessoal!

Está chegando o dia! Neste sábado, 18/09, teremos o workshop Inscrições Corporais com a terapeuta reichiana Cláudia Rodrigues.

Ainda temos algumas vagas disponíveis, não percam esta oportunidade!

Confiram abaixo mais informações sobre Wihelm Reich e sobre os objetivos e programação do workshop:



Quem é Reich?

Wilhelm Reich foi um médico austríaco nascido em 1896, formou-se em 1922 e iniciou seu trabalho com pacientes vítimas de distúrbios mentais na Universidade Neurológica e Psiquiátrica. Em 1924, concluindo sua pós-graduação entrou para a Sociedade Psicanalítica de Viena, era amigo de Freud, mas desligou-se dela em 1930 devido aos avanços de seus estudos sobre sexualidade humana, fortemente atacados pela política sexual da época. Migrou para Alemanha e continuou seu trabalho, mas em 1933 foi forçado pelo nazismo a sair de Berlim. Foi para Oslo, na Noruega, e lá trabalhou no Instituto de Psicologia da universidade local. Em 1939 deslocou-se para Nova Iorque e lançou, em 1942, em inglês, o livro “A Função do Orgasmo”.

Reich dava grande ênfase à importância de desenvolver uma livre expressão dos sentimentos sexuais e emocionais dentro do relacionamento amoroso maduro. Ele enfatizou a natureza essencialmente sexual das energias e descobriu que a bioenergia era bloqueada de forma mais intensa na área pélvica de seus pacientes. Trabalhar com sexualidade naquela época despertou a ira de vários segmentos sociais, mas também simpatia dos intelectuais contraculturais.

Nos EUA ele fundou ao lado de colegas e alunos o Instituto “Orgone Universal” e iniciou estudos sobre a psicopatologia do câncer. Os estudos de Wilhelm Reich, baseados em investimentos na recuperação da saúde e na vida biológica iam contra os interesses e caminhos já direcionados da FDA (Food and Drugs Administration) de “atacar” e matar a doença e ele começou a ser severamente perseguido, seus livros foram queimados, o instituto fechado e acabou sendo preso em 1957 depois de um longo dossiê apresentado pela FDA contra ele. Faleceu na prisão em oito meses, incrédulo.

Analisando os efeitos da respiração no ato sexual sobre o indivíduo, Reich chegou à conclusão que seu uso harmonizaria o corpo físico, com implicações na própria mente, normalizando o fluxo de trocas com o meio, pela correta absorção do orgônio, a energia vital do corpo, que ele tentou medir e comprovar a existência incansavelmente até morrer. Hoje podemos comparar o orgônio que ele tanto tentou provar com o Chi da medicina Chinesa ou o Prana dos Indianos.

Reich jamais atacou Freud, eram amigos, mas a psicanálise estava construída politicamente no engessamento das idéias em torno daquilo que dissera Freud. Onde quer que fosse, Reich era tratado como louco, e suas idéias como pura mistificação.

Alguns de seus seguidores atribuem a prisão, bem como as anteriores perseguições, a uma eventual conspiração da sociedade política e econômica freudiana.

Deixou uma vasta obra de ensaios e pesquisas que ainda não foram totalmente identificadas devido à queima de arquivos.

Entre seus livros traduzidos para o português podemos destacar:

* Análise do Caráter
* Psicologia de Massas do Fascismo
*Escute, Zé Ninguém!
* A Irrupção da Moral Sexual Repressiva
* O Assassinato de Cristo
* "A Função do Orgasmo", Ed. Brasiliense
* "Paixão da Juventude", Ed. Brasiliense
* "Psicopatologia e Sociologia da Vida Sexual", Ed. Global
* "A Revolução Sexual", Ed. Zahar
* "Materialismo Dialético e Psicanálise", Editorial Presença (Portugal)
* "O Combate Sexual da Juventude", Textos Marginais, Ed.Dinalivro (Portugal)
* "A Aplicação da Psicanálise à Investigação Histórica",
Textos Marginais, ed.(?) (Portugal)
* "Casamento Indissolúvel ou Relação Sexual Duradoura?",
Ed.Dinalivro (Portugal)
* "O que é Consciência de Classe", ed.(?) (Portugal)


2-Quais os principais pontos do pensamento dele?

Wilhelm Reich se interessou muito pela sexualidade humana. Quando era jovem estudante de Medicina, Reich visitou Freud pela primeira vez para procurar ajuda a fim de organizar um seminário sobre sexologia na escola médica que ele freqüentava (Higgens e Raphael, 1967). Além disso, a principal atividade política de Reich consistia em ajudar a fundar clínicas de higiene sexual patrocinadas pelos comunistas para a classe trabalhadora, na Alemanha.

As idéias de Reich e suas clínicas eram muito controvertidas para a época e seu programa para as clínicas de orientação sexual incluía características modernas ainda hoje. Entre seus tópicos destacavam-se:

1-Livre distribuição de anticoncepcionais para qualquer pessoa e educação intensiva para o controle da natalidade.

2. Completa abolição das proibições com relação ao aborto.

3. Abolição da distinção legal entre casados e não-casados; liberdade de divórcio.

4. Eliminação de doenças venéreas e prevenção de problemas sexuais através da educação sexual.

5. Treinamento de médicos, professores etc., em todas as questões relevantes da higiene sexual.

6. Tratamento, ao invés de punição, para agressões sexuais.

Caráter
De acordo com Reich, o caráter é composto das atitudes habituais de uma pessoa e de seu padrão consistente de respostas para várias situações. Inclui atitudes e valores conscientes, estilo de comportamento (timidez, agressividade e assim por diante) e atitudes físicas (postura, hábitos de manutenção e movimentação do corpo).

O conceito de caráter já havia sido discutido anteriormente por Freud, em sua obra Caráter e Erotismo Anal. Reich elaborou este conceito e foi o primeiro analista a tratar pacientes pela interpretação da natureza e função de seu caráter, ao invés de analisar seus sintomas.


3-Qual é a proposta do workshop?

Proporcionar uma aula teórica e prática sobre as fases do desenvolvimento infantil. Os adultos inscritos vão estudar e trabalhar em seus corpos as várias fases do desenvolvimento infantil, seus sintomas e formas adquiridas. O objetivo é prevenção da neurose na relação com os filhos. É indicado para pais, professores, terapeutas infantis, avós e demais pessoas responsáveis pelas crianças.


Cláudia Rodrigues traz, além da base reichiana, agregações de neo-reichianos, como Alexandre Lowen, Gerda Boysen e Stanley Keleman, contemporâneos que estudaram com Reich e desenvolveram novas formas de abordagem corporal ainda mais eficientes e compatíveis com nossas influências culturais mais recentes.



Ishtar Fortaleza Espaço para Gestantes convida:

Inscrições Corporais

Padrões genéticos e educação, uma reflexão sobre o tema: Como a educação pode reforçar ou atenuar as dores dos padrões genéticos no corpo humano


Workshop com Cláudia Rodrigues


Cláudia Rodrigues é jornalista desde 1986 e terapeuta reichiana desde 1998. Autora de "O Lado Esquerdo da Asa da Borboleta Amarela”, Ed. Céu e Terra, 1997 e de “Bebês de Mamães Mais que Perfeitas”, Ed. Centauro, 2008. Seu trabalho foca o universo psíquico nas várias fases de desenvolvimento do ser humano. O workshop Inscrições Corporais é focado nas fases do desenvolvimento humano de 0 a 6 anos, os transtornos mais comuns em cada etapa, o reconhecimento das inscrições corporais no adulto e a prevenção dessas dores a fim de atenuar as projeções em nossas crianças.

Data: 18 de setembro de 2010 (sábado)

Horário: 9:00h às 18:00h

Local: Academia Núcleo Sol – Av. Ver. Pedro Paulo, 560 – Água Fria

Organização: Ishtar Fortaleza Espaço para Gestantes

Apoio: Academia Núcleo Sol

Vagas: 20 vagas

Investimento:

R$ 100,00 – preço especial para professoras Waldorf

R$ 150,00 – para aquelas participaram do workshop Gravidez, Parto e Simbiose

R$ 200,00 – demais participantes

Inscrições: Favor solicitar sua ficha de inscrição através do email ishtarfortaleza@gmail.com

Mais informações:

Por email: ishtarfortaleza@gmail.com

Por telefone: Kelly: 85-87244772 – 96128800 – 91478165


Programação:

Tipo A

Padrão regido na barriga e nos três primeiros meses

Características físicas

Características comportamentais

Riscos patológicos mais comuns

Reforços positivos e o incrível poder de criação desse caráter

Dinâmica corporal


Tipo B

Padrão regido nos dois primeiros anos de vida

Características físicas

Características comportamentais

Riscos patológicos mais comuns

Reforços positivos e a excelência de comunicação desse caráter

Dinâmica corporal


Tipo C

Padrão regido por remissão à fase anterior

Características físicas

Características comportamentais

Riscos patológicos mais comuns

Reforços positivos e a capacidade de liderança desse caráter

Dinâmica corporal


Tipo D

Padrão regido por volta de 2 a 4 anos de idade

Características físicas

Características comportamentais

Riscos patológicos mais comuns

Reforços positivos e a incrível resistência desse caráter

Dinâmica corporal


Tipo E

Padrão regido por remissão à fase anterior

Características físicas

Características comportamentais

Riscos patológicos mais comuns

Reforços positivos e o poder de organização desse caráter

Dinâmica corporal


Tipo F

Padrão regido entre 5 e 7 anos

Características físicas

Características comportamentais

Riscos patológicos mais comuns

Reforços positivos e a louvável persistência desse caráter

Dinâmica corporal


O lado A e o lado B de cada caráter

Como o atendimento às necessidades da criança previne a neurose.

Como projetamos nossas dores repetindo comportamentos com nossos filhos


Nossas dores e prazeres


Identificando porcentagens de cada fase em nossos corpos


Dinâmica para identificação em nossos corpos


A dor libertária de saber quem somos, quem estamos nesse momento


A continuidade somática e o livre arbítrio


Corpo, arte e conclusão


Se possível, divulgue pra seus contatos!


Esperamos por vocês!


Abraços!






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